Colesterol alto: riscos, verdades e novidades no tratamento
- Isadora Zaniboni
- 7 de out.
- 2 min de leitura
Você sabia que o colesterol alto pode causar infarto, AVC e até alguns tipos de demência?Apesar de ser uma das principais causas dessas doenças, o colesterol alto não dá sintomas — é uma condição silenciosa, que só pode ser descoberta com exames de sangue. Por isso, é fundamental realizar seus exames periodicamente, mesmo que você se sinta bem.
Por que o colesterol alto é perigoso?
O colesterol em excesso, especialmente o chamado LDL (colesterol “ruim”), se acumula nas paredes das artérias, formando placas que dificultam a passagem do sangue. Com o tempo, essas placas podem se romper e causar entupimentos graves, levando ao infarto ou ao AVC.
Como é feito o tratamento?
O tratamento envolve mudanças no estilo de vida e, muitas vezes, o uso contínuo de medicamentos. As medidas de base incluem:
Alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e alimentos naturais;
Prática regular de atividade física;
Manutenção do peso adequado;
Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
Mas, em muitos casos, só essas medidas não são suficientes, sendo necessário o uso de medicamentos para reduzir o colesterol.
As principais medicações
As estatinas são o tratamento mais usado e estudado. Elas reduzem significativamente o risco de infarto e AVC e são seguras quando bem indicadas. É importante não acreditar em boatos que circulam na internet: as estatinas não “fazem mal ao fígado” nem “causam Alzheimer”, como alguns dizem sem base científica. Elas são medicamentos que salvam vidas.
Outras opções incluem:
Ezetimiba, que pode ser associada à estatina para um melhor controle;
Ácido bempedoico, uma medicação mais recente, útil para quem não tolera estatinas ou precisa de reforço no tratamento.

E o ômega-3?
Apesar da fama, o ômega-3 só tem indicação específica: para pacientes que já usam estatina em dose adequada, mas ainda apresentam triglicerídeos altos. E mesmo nesses casos, a forma eficaz é o EPA purificado em altas doses (2g duas vezes ao dia) — uma formulação que não existe no Brasil. Ou seja, a maioria dos suplementos de ômega-3 vendidos no mercado não tem o efeito prometido.
E os suplementos naturais?
Produtos como cúrcuma, óleo de peixe, niacina, policosanol e outros “naturais” não mostraram benefício na redução do colesterol ou na prevenção de doenças cardiovasculares, conforme as Diretrizes Brasileiras e Europeias de Dislipidemia.A mensagem é clara: não substitua o tratamento médico por suplementos ou promessas da internet.
Em resumo
O colesterol alto é uma condição comum, silenciosa e perigosa. A boa notícia é que existe tratamento eficaz e seguro. O acompanhamento médico regular, a adesão às medicações corretas e um estilo de vida saudável são as melhores estratégias para manter o coração protegido e envelhecer com mais saúde.



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